Hoje, como dizem os “antigos”, ou os cristãos, é Quarta-feira de cinzas, um dia depois da Terça-feira de Carnaval, o primeiro da Quaresma no calendário cristão, dia que é celebrado 40 dias antes da Páscoa (sem contar com os Domingos), ou 46 dias (a contar os Domingos).
Neste dia são celebradas missas onde o padre faz uma cruz com cinzas na testa dos fiéis, como símbolo de análise e para lembrar a mortalidade, de como somos pó e ao pó da terra voltaremos.
Durante a Quaresma é iniciado um período de jejum, abstinência de carne, de dar esmola e de reflexão.
É também o fim do Carnaval, e por isso, em muitos locais existem tradições em que é feito o enterro do Entrudo, onde se assinala a mudança de estação do Inverno para a Primavera em rituais diferentes de localidade para localidade.
Mas eu iria mais longe, colocava de lado tudo o que sejam crenças ou religiões e apelava a que durante todo o ano seja feita uma reflexão sobre este tema da efemeridade. Assim como o Carnaval acaba, nós morremos e a vida é curta.
Pensem nos excessos do Carnaval de forma metafórica e transportem-nos para o dia a dia, a forma como cometemos excessos nas ações menos boas e como existe carência nas ações de solidariedade e compaixão com os outros.
Sugiro que pensem como podem mudar o dia de um estranho com um simples sorriso sincero, como um respirar fundo num momento de stress pode ser decisivo para evitar uma má reação ou resposta para alguém que não o merece. Meditem sobre o facto de todas as nossas ações serem influenciadoras para o bem e para o mal, e canalizem-nas da melhor forma, para que tudo seja mais simples durante esta passagem. É desafiador, mas trará bons resultados!
Filipa Cordeiro C.
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