O uso da empatia com os nossos adolescentes

 

O uso da empatia com os nossos adolescentes

 

Sempre me lembro da minha mãe me dizer o quão importante é “conseguirmos calçar os sapatos dos outros” e quando me sentia muito zangada ela perguntava-me sempre: “Porque achas que foi por mal? Pensa lá, o que achas que ela/ele pode ter sentido nesse momento?”. O que é certo é que pensar assim me ajudava a acalmar e a ver as coisas com uma perspetiva mais positiva.

 

Portanto, o que é isto da empatia?

É sermos capazes de parar para pensar no que sentiríamos se estivéssemos no lugar da outra pessoa.  

 

E porque é que por vezes nos é tão difícil sermos empáticos com os nossos adolescentes?

Porque somos completamente diferentes. Passaram-se muitos anos desde que nós próprios fomos adolescentes e na altura o mundo era totalmente diferente do que é hoje em dia.

Os adolescentes de hoje têm acesso a uma quantidade gigante de informação, são muito dinâmicos e críticos assim como impacientes. Têm a sua opinião muito mais vincada do que nós tínhamos com a idade deles e não se importam de a expressar. Somos todos diferentes, não é verdade?

 

Algumas dicas que nos podem ajudar:

›   Devemos estar presentes e focados na conversa e na pessoa com quem estamos no momento.
Se eu estiver a conversar com um aluno ao mesmo tempo que estou a pensar no que vou fazer para o jantar não estou a ser empática. Mas, se por outro lado, estiver atenta às suas expressões, ao seu tom de voz, ao brilho no seu olhar, serei capaz de ter uma conexão mais profunda e vou conseguir perceber coisas que ele nem sequer está a expressar verbalmente. 

›   É importante não julgarmos pois aquilo que pode ser uma verdade absoluta para mim pode não ser para o meu filho e está tudo certo.
Somos pessoas diferentes, não precisamos de acreditar todos no mesmo. É importante deixá-lo expressar a sua opinião e no fim darmos a nossa, de forma aberta e transparente.

›   Não nos esquecermos de nós próprios.
Se nos dermos em demasia acabamos por ficar vazios. Temos de ouvir e estar presente para o outro, sim, mas sem nos deixarmos dominar pelo outro ou pela situação em si. Caso contrário, nunca seremos protagonistas da nossa própria história. Portanto, temos de ser empáticos também connosco.

›   Muitas vezes os nossos adolescentes não procuram um conselho, mas somente ser ouvidos e sentirem-se compreendidos.
Por isso mesmo, não te aflijas se nem sempre souberes o que dizer. Um abraço sentido vale, muito mais, que mil palavras.

›   Não te deixes levar pelas ações e pensa sempre que, por trás daquela ação negativa, está uma boa intenção.
Os adolescentes (e, já agora, também os adultos muitas vezes) nem sempre se conseguem expressar da melhor maneira e por vezes vemos comportamentos negativos que não compreendemos. O nosso primeiro instinto é criticar, mas ajuda se mantivermos o pensamento positivo de que, no fundo, ele fez o melhor que conseguiu naquele momento e que a sua intenção não era, de todo, magoar-nos.

›   Quando tens uma conversa com o teu filho ou com o teu aluno mostra uma imagem corporal aberta.
Braços descruzados, virar o corpo em direção a ele e acenar com a cabeça para mostrar que estás a ouvir o que ele te está a dizer. 

›   E por fim: pratica, pratica, pratica.
Vai haver dias mais fáceis e outros menos fáceis, mas com a prática tudo se consegue pois lembra-te: todas as virtudes podem ser aprendidas, mesmo as que não nos são inatas 🙂 

 

Deixo aqui um vídeo muito giro sobre a empatia:

 

 

Cláudia Pintado

 

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