O meu filho também tem opinião
Todos nós temos, não é verdade? E também os nossos filhos, desde pequenos (desde que nascem mais precisamente) têm a sua personalidade, a sua identidade própria. Vêm de nós mas não são uma extensão nossa. Às vezes até são parecidos connosco (sobretudo naquelas coisas que nós preferíamos que não fossem) mas ainda assim, não nos podemos esquecer que são seres únicos.
Como tal, têm direito a expressar a sua opinião sem se sentirem constantemente julgados e/ou criticados. Mesmo que por vezes, nos pareça um enorme disparate aquilo que estão a dizer, é importante que eles se sintam seguros em expor a sua opinião junto da família pois só assim se sentirão seguros para a expressar com o resto do mundo. É essencial que eles sejam quem são e não que agradem para serem quem acham que deveriam ser.
Cresci a tentar agradar os outros e acreditem, além de ser extremamente cansativo deixa sequelas mais profundas e desafios mais difíceis de superar do que aquilo que imaginam.
A maioria dos adolescentes é cheia de ideias, de dúvidas, de perguntas existenciais e de visões da vida completamente diferentes das nossas mas muitas vezes nós não fazemos ideia disso porque eles se sentem constantemente desvalorizados e acreditam que as suas ideias são, na verdade, apenas a opinião de “um puto” e que como tal não têm valor para nós adultos.
Acreditem, se mantiverem um espírito aberto e curioso vão perceber que conseguem ter conversas muito interessantes com os vossos filhos. Por vezes, converso sobre jogos com os meus alunos, não percebo nada mas fico fascinada com a maneira como os olhos deles brilham enquanto me tentam explicar e como se sentem felizes enquanto tentam converter um adulto para o mundo do jogo (juro, é muito divertido de se ver).
É preciso escutarmos e aceitarmos. Aceitarmos que somos todos diferentes. Que aquilo que eu penso não tem de ser aquilo que o meu filho/a minha filha pensa e aquilo que el@ gosta não tem de ser o mesmo de que eu gosto. Se eles fossem cópias nossas, que piada teria isso? Os debates terminariam antes mesmo de sequer começarem se não existissem as equipas do “contra” e do “a favor” do tema que se quer debater ☺
Lembra-te…
Pede a opinião ao teu filho/ à tua filha (“O que pensas sobre isto?”) às refeições com a família (mas não com a família alargada), numa viagem de carro, sentados no sofá…
Promove espaço para debates filosóficos e questões existenciais (“Eu cá acho que o céu é azul porque… “) , sobre dilemas morais, notícias, problemas e preocupações dos amigos…
Respeita se el@ não quiser falar e/ou quando o tema é só de adultos, quando estão aborrecidos por algum conflito que teve lugar não forces se não for natural.
Faz mais perguntas do que afirmações, usa perguntas abertas e mostra curiosidade.
Cultiva o direito à discórdia e não assumas como um ataque ou uma crítica pessoal.
Não tenhas temas tabus, conversem sobre tudo aquilo que sentirem vontade.
E acima de tudo…divirtam-se, conheçam-se e estreitem laços 🙂
Cláudia Pintado
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