GEOGRAFIA 7º ANO
O clima
ELEMENTOS CLIMÁTICOS
Distinguir estado de tempo de clima
Estado do tempo é o conjunto das condições atmosféricas que ocorrem num dado lugar, num determinado momento, enquanto que o clima é a sucessão de estados do tempo por um período longo (normalmente 30 anos).
Elementos climáticos
- Temperatura (aparelho de medição: termómetro – ºc)
- grau de aquecimento do ar atmosférico
- Precipitação (aparelho de medição: pluviómetro – mm)
- queda de água, presente na atmosfera, sobre a superfície terrestre (chuva, granizo, neve)
- Humidade (aparelho de medição: higrómetro – g/m3 ou %)
- quantidade de vapor de água presente na atmosfera
- Nebulosidade (porção do céu coberto de nuvens)
- porção do céu coberto de nuvens
- Pressão atmosférica (aparelho de medição: barómetro – mb)
- força que o ar atmosférico exerce por unidade de superfície
- Insolação
- número de horas de céu descoberto, como Sol acima do horizonte
- Vento (aparelhos: cata-vento / anemómetro – m/s ou km/h)
- deslocação do ar
Fatores Climáticos
Condições que influenciam os elementos climáticos:
- Latitude
- Relevo (altitude)
- Proximidade ao mar (continentalidade)
- Correntes marítimas
A TEMPERATURA
Porque é que a temperatura varia ao longo do dia?
A temperatura varia ao longo do dia devido ao movimento da rotação da Terra, o que faz com que durante uma parte do dia se receba luz solar e a temperatura aumenta, mas noutra parte do dia não se recebe luz solar e a temperatura diminui. A temperatura é maior por volta do meio-dia, porque os raios incidem na Terra com maior perpendicularidade.
Porque é que a temperatura varia ao longo do ano?
A temperatura varia ao longo do ano devido ao movimento de translação da Terra e à inclinação do eixo de rotação da Terra. Estes dois fatores vão fazer com que os raios incidam de forma diferente ao longo do ano e assim a temperatura varia ao longo do ano, tal como a duração dos dias e das noites.
Latitude
Solstício de Dezembro (H.N)
- luz solar mais indireta (raios solares mais inclinados)
- dia mais curto do ano
- há menor aquecimento
- neste dia a luz incide diretamente no trópico de capricórnio, no hemisfério sul
Solstício de Junho (H.N)
- luz solar mais direta (raios solares mais perpendiculares)
- dia mais longo do ano
- há maior aquecimento
- neste dia a luz incide diretamente no trópico de câncer, no hemisfério norte
Relevo
O relevo influencia a temperatura, pois quanto maior a altitude menor a temperatura
Gradiente térmico
- A cada mil metros que nos elevamos em altitude, a temperatura desce 6ºc
Proximidade do mar
A proximidade do mar influencia a amplitude térmica anual
Nas regiões do Litoral:
- amplitude térmica anual mais baixa
Nas regiões do Interior
- amplitude térmica anual mais alta
Correntes marítimas
As correntes marítimas influenciam a temperatura nas zonas do Litoral:
- Correntes frias (pólos – equador)
- refrescam as áreas do Litoral
- Correntes quentes (equador – pólos)
- aquecem as áreas do Litoral
PRECIPITAÇÃO
Formas de precipitação
- Estado liquido
- chuva
- Estado Gasoso
- neve
- granizo
- saraiva
Fenómenos de condensação
- nuvens
- nevoeiro
- orvalho
Fenómenos de sublimação
- geada
Condições para ocorrer precipitação
Para ocorrer precipitação é necessário haver vapor de água na atmosfera e que o ar suba, pois ao subir vai arrefecer e o vapor de água vai condensar (formar nuvens)
Tipos de chuva
- Chuvas orográficas
- o ar sobe ao longo das vertentes das montanhas
- Chuvas convetivas
- o ar sobe devido ao seu aquecimento após o contato com uma superfície mais quentes (o ar torna-se mais leve e sobe)
- Chuvas frontais
- resultam do contato entre duas massas de ar diferentes:
- Frente fria
- o ar quente sobe de forma rápida e existe precipitação intensa do tipo de aguaceiros
- Frente quente
- o ar quente sobe lentamente e origina precipitação contínua e de longa duração
- Frente fria
- resultam do contato entre duas massas de ar diferentes:
Influência do relevo
Quanto maior a altitude maior a precipitação. A precipitação é maior nas vertentes expostas aos ventos húmidos.
Influência da proximidade do mar
No Litoral o ar é mais húmido logo existe mais precipitação que no Interior.
Influência das correntes marítimas
- Nas zonas do Litoral junto a correntes quentes
- o ar é mais húmido e por isso existe precipitação abundante
- Nas zonas do Litoral junto a correntes frias
- o ar é mais seco por isso existe menos precipitação
Influência da latitude
- Regiões mais chuvosas
- regiões equatoriais
- regiões temperadas
- Regiões menos chuvosas
- regiões tropicais
- regiões polares
A variação da precipitação com a latitude está relacionada com a distribuição geográfica das grandes zonas de pressão atmosférica.
PRESSÃO ATMOSFÉRICA
Qual a influência da pressão atmosférica sobre o estado do tempo?
A pressão atmosférica é a força (peso) que os gases que compõem a atmosfera exercem na superfície terrestre.
O lugar A tem maior pressão atmosférica porque o ar é mais denso a baixas altitudes e porque está sob uma maior espessura da atmosfera.
A pressão atmosférica tem grande influência no estado do tempo e varia no tempo e no espaço.
A pressão atmosférica num mapa é representada por isóbaras. (isóbaras são linhas que unem pontos de igual pressão atmosférica.) A pressão normal é de 1013 mbar (milibares) ou 1013 hPa (hectopascais).
Num centro de altas pressões ou anticiclone (A), a pressão atmosférica aumenta da periferia para o centro. O ar é descendente na vertical. Quando o ar desce, a temperatura aumenta e tem maior capacidade de reter o vapor de água. Por isso, não há formação de nuvens nem ocorrência de precipitação. Ao atingir a superfície o ar é divergente. Estado do tempo: céu limpo, ausência de precipitação.
Num centro de baixas pressões ou depressão barométrica (B), a pressão atmosférica diminui da periferia para o centro. O ar é convergente à superfície e ascendente na vertical. Quando o ar sobe, a temperatura diminui, há condensação do vapor de água, formando-se nuvens, que podem originar precipitação. Estado do tempo: céu nublado, ocorrência de precipitação.
Como varia a pressão atmosférica com a latitude?
Os centros de pressão atmosférica estão distribuídos por faixas mais ou menos paralelas ao longo do Globo terrestre. Estas faixas alteram entre centros de baixa pressão (-) centros de alta pressão (+).
Como se distribui a precipitação no mundo?
Os valores mais elevados da precipitação anual ocorrem nas regiões equatoriais da América Central e do nordeste da América do Sul (floresta da Amazónia), em África na Bacia do Congo e no sudoeste asiático devido às baixas pressões equatoriais.
Há menor precipitação anual nas regiões polares e nas regiões próximo dos trópicos. Nestas regiões, a precipitação anual nas regiões polares e nas regiões próximo dos trópicos. Nestas regiões, a precipitação é muito escassa dando origem a desertos como o deserto do Sara.
Revê aqui a matéria/resumo de matemática/síntese de Geografia:
EXERCÍCIOS
Ficha1
O que tens de saber neste capítulo, segundo o programa e metas curriculares de Geografia – 7º ano:
DOMÍNIO: O MEIO NATURAL
SUBDOMÍNIO: O CLIMA
- Compreender o clima como o resultado da influência dos diferentes elementos atmosféricos
- Caraterizar o estado de tempo para um determinado lugar e num dado momento.
- Distinguir estado de tempo de clima.
- Definir diferentes elementos de clima: temperatura, precipitação, humidade, nebulosidade, insolação, pressão atmosférica e vento.
- Identificar os instrumentos utilizados para medir e registar os elementos de clima e as respetivas unidades de quantificação.
- Justificar a utilidade da previsão dos estados do tempo.
- Compreender a variação diurna da temperatura
- Descrever a variação diurna da temperatura em diferentes lugares da Terra, com base em gráficos.
- Calcular a temperatura média diurna e a amplitude térmica diurna.
- Relacionar a variação diurna da temperatura com o movimento de rotação da Terra.
- Relacionar o ângulo de incidência dos raios solares com a espessura da atmosfera a atravessar e com a superfície de incidência.
- Compreender a variação anual da temperatura
- Descrever a variação anual da temperatura em lugares do hemisfério norte e do hemisfério sul.
- Inferir as noções de temperatura média mensal e anual, e amplitude térmica mensal e anual.
- Relacionar a variação anual da temperatura com o movimento de translação da Terra, enfatizando os solstícios de junho e dezembro e os equinócios de março e setembro.
- Compreender a variação da temperatura com a latitude
- Relacionar os círculos menores de referência com as zonas climáticas terrestres, identificando-as: zona quente ou intertropical; zonas temperadas dos hemisférios norte e sul e zonas frias dos hemisférios norte e sul.
- Interpretar a distribuição das temperaturas médias à superfície da Terra a partir da leitura de mapas de isotérmicas.
- Explicar os principais fatores que influenciam a variação espacial da temperatura.
- Compreender a variação da temperatura em função da proximidade ou afastamento do oceano
- Explicar a função reguladora do oceano sobre as temperaturas.
- Definir correntes marítimas.
- Localizar correntes marítimas quentes e frias à escala planetária, salientando as do Atlântico Norte.
- Relacionar a variação da temperatura junto à costa com as correntes marítimas.
- Compreender a variação da temperatura em função do relevo
- Explicar a influência da altitude na variação da temperatura.
- Definir gradiente térmico vertical.
- Explicar a influência da exposição geográfica das vertentes na variação da temperatura (vertentes umbrias/sombrias de soalheira).
- Compreender diferentes fenómenos de condensação e sublimação
- Caraterizar diferentes fenómenos de condensação e de sublimação junto à superfície: orvalho, nevoeiro e geada.
- Associar as nuvens a fenómenos de condensação em altitude.
- Compreender a distribuição da precipitação à superfície da Terra
- Distinguir humidade absoluta de humidade relativa.
- Definir ponto de saturação.
- Identificar diferentes formas de precipitação: chuva, neve e granizo.
- Descrever a distribuição da precipitação à superfície terrestre a partir da leitura de mapas de isoietas.
- Referir fatores que influenciam a variação da precipitação à escala planetária.
- Compreender a influência dos centros barométricos na variação da precipitação
- Definir isóbara.
- Distinguir centros de altas pressões (Anticiclones) de centros de baixas pressões (Depressões).
- Reconhecer o efeito da força de Coriolis nos movimentos do ar, no Hemisfério Norte e no Hemisfério Sul.
- Explicar a circulação do ar nos centros de altas e de baixas pressões.
- Localizar os principais centros de altas e baixas pressões em latitude e relacioná-los com a variação da precipitação à escala planetária.
- Identificar os principais centros barométricos que influenciam o clima de Portugal.
- Compreender a influência das massas de ar na variação da precipitação
- Definir massa de ar.
- Distinguir superfície frontal de frente.
- Explicar o processo de formação das chuvas frontais.
- Compreender a ação de fatores regionais na ocorrência de precipitação
- Explicar o processo de formação das chuvas de relevo ou orográficas.
- Explicar o processo de formação das chuvas convectivas.
- Relacionar a variação da precipitação com as correntes marítimas.
- Compreender a importância da representação gráfica da temperatura e precipitação na caraterização dos tipos de clima
- Definir gráfico termopluviométrico.
- Construir gráficos termopluviométricos.
- Interpretar os regimes térmico e pluviométrico a partir de um gráfico termopluviométrico.
- Compreender as relações entre os tipos de clima e as diferentes formações vegetais nas regiões quentes, temperadas e frias
- Construir gráficos termopluviométricos referentes a diferentes climas do mundo (equatorial, tropical húmido e tropical seco, desértico quente; temperados marítimo, continental e mediterrâneo; frio continental e subpolar).
- Comparar as características termopluviométricas dos diferentes tipos de climas do mundo.
- Localizar os diferentes tipos de clima do mundo.
- Caraterizar as formações vegetais associadas a cada um dos climas do mundo (floresta equatorial, savana, estepe, xerófila dos desertos quentes; floresta mediterrânea, floresta caducifólia e estepe/pradaria; floresta boreal de coníferas e tundra).
- Compreender o clima de Portugal e as principais formações vegetais
- Caraterizar o clima de Portugal Continental e dos arquipélagos dos Açores e da Madeira, tendo por base diversos gráficos termopluviométricos.
- Explicar a influência dos fatores climáticos na variação da temperatura e da precipitação, em Portugal Continental e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira
- Caraterizar as principais formações vegetais em Portugal continental e nos arquipélagos dos Açores e da Madeira.