ECONOMIA A | 10º ANO
POUPANÇA E INVESTIMENTO
RESUMO DA MATÉRIA
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EXERCÍCIOS
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS
7. Poupança e investimento
7.1 A utilização dos rendimentos – o consumo e a poupança
Poupança = Rendimento disponível – Despesas em consumo
Poupança é a parte do rendimento que não é gasta, no imediato, no consumo.
7.2 Os destinos da poupança: A importância do investimento
Entesouramento: guardar a poupança dentro de um cofre. Neste caso, a poupança não proporciona qualquer rendimento adicional aos agentes económicos que a efetuam. Quando há inflação, a moeda vai perdendo valor ao longo do tempo.
Depósito bancário: os agentes económicos constituem um depósito a prazo para aumentar o valor da sua poupança, recebendo juros do depósito efetuado e assim aumentando a quantidade de moeda.
Investimento: aplicação da poupança na aquisição de novos bens destinados ao processo produtivo.
Funções do Investimento:
- Substituição
- Inovação
- Aumento da capacidade produtiva
Formação de capital designa o montante dos bens de produção utilizados no processo produtivo.
Formação de capital = Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) + Variação de Existências (VE)
A FBCF representa o valor dos bens duradouros. A VE representa as alterações no valor das existências de produtos acabados, de produtos em curso de fabrico e matérias-primas. VE = valor das existências no final do período – valor das existências no início
Tipos de investimento:
- Material (aquisição de bens de produção físicos)
- Imaterial (publicidade e marketing)
- Financeiro (aumento do capital das empresas)
7.3 O financiamento da atividade económica
Capacidade de financiamento (poupança ˃ investimento realizado) Vs. Necessidade de financiamento (poupança ˂ investimento realizado)
Financiamento interno (aplicação de poupança realizada pelo próprio agente económico; Ex.: empresas) – autofinanciamento
Financiamento externo (realização de investimento a partir de fundos alheios)
- Financiamento externo direto:
- Emissão de títulos (ações, obrigações) pelas empresas
- Financiamento externo indireto:
- Bancos como intermediários financeiros – concedem empréstimos e cobram juros
Nota: o financiamento externo indireto é mais vantajoso do que o financiamento externo direto porque é possível a captação de verbas de financiamento maiores.
Crédito – utilização de recursos de terceiros por parte de quem deles necessita, mediante o pagamento de juros e o compromisso de reembolso futuro.
Funções do crédito na economia: proporcionar o aumento imediato do consumo (crédito ao consumo) e proporcionar os recursos necessários ao investimento (crédito à produção).
Crédito de curto prazo (˂ 1 ano); médio prazo (1 ano ˂ crédito ˂ 5 anos); longo prazo (˃ 5 anos)
O crédito assume uma posição central na criação de moeda. Os bancos disponibilizam quantidades de crédito superiores ao montante de depósitos dos agentes económicos, criando assim moeda.
E se as taxas de juro forem baixas? E altas?
Taxa de juro anual (normal) = 2%; Taxa de juro = 1% (+ baixa); Taxa de juro =3% (+ alta)
Família deposita 1000 euros. Ao fim de um ano acumula, na sua conta:
Com taxa normal: 1 020 euros; Com taxa + baixa: 1 010 euros; Com taxa + alta: 1 030 euros
Assim:
- Quando as taxas de juro são baixas, há um desincentivo à poupança e as famílias preferem o consumo presente em detrimento do consumo futuro
- Quando as taxas de juro são altas, há um incentivo à poupança e as famílias optam pelo consumo futuro em detrimento do consumo presente
Taxa de juro ativa – taxa cobrada pelo banco quando concede um empréstimo.
Taxa de juro passiva – remuneração atribuída pelos bancos face à cedência de depósitos por parte dos seus clientes.
Instituições Financeiras
- Instituições financeiras monetárias: recebem depósitos e concedem crédito
Ex.: bancos - Instituições financeiras não monetárias: não podem receber depósitos, mas concedem crédito financiado
- Sociedades de leasing – colocam à disposição de outras instituições bens móveis ou imóveis mediante o pagamento de uma dada importância.
Ex.: aluguer de máquinas, automóveis - Sociedades de factoring – adquirem a outras instituições os seus créditos (dívidas) e convertem-nos em moeda, mediante o pagamento de uma comissão pelo serviço e de um juro no caso de pagamento antecipado.
- Sociedades de capital de risco – participam temporariamente no capital social de outras empresas ou no seu financiamento com o objetivo de promover inovação tecnológica e/ou aumentar a capacidade produtiva.
- Sociedades de leasing – colocam à disposição de outras instituições bens móveis ou imóveis mediante o pagamento de uma dada importância.
Mercado de títulos é o mercado onde se transacionam valores mobiliários. No mercado primário os títulos são transacionados pela primeira vez e no mercado secundário já se encontram em transação. Encontra-se correlacionado com o financiamento externo direto.
Produtos financeiros
- Ações – títulos de propriedade representativos do capital social das Sociedades Anónimas
- Obrigações – títulos de crédito a longo prazo representativos de um empréstimo a uma empresa
7.4 O investimento em Portugal e o investimento português no estrangeiro
Investimento Interno: Investimento público (realizado pelo Estado) e Investimento privado (Famílias e Empresas).
Investimento Externo: Direto (constituição de raiz de uma empresa em Portugal; Autoeuropa) e em carteira (aquisição de ativos financeiros)
Investimento Direto Estrangeiro (IDE)
- Vantagens: acelera o crescimento económico do país; transferência de tecnologia; maiores ganhos de produtividade.
- Inconvenientes: excessiva dependência do exterior; lucros investidos noutros países; forte dependência face aos mercados abastecedores de matérias-primas.
MAIS DE ECONOMIA A – 10º ANO:
1 | A atividade económica e a Ciência Económica
3 | A produção de bens e serviços
4 | Comércio e moeda (moeda e inflação)
6 | Rendimentos e repartição de rendimentos
7 | Poupança e investimento (utilização dos rendimentos)
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