ECONOMIA A | 10º ANO
COMÉRCIO E MOEDA
RESUMO DA MATÉRIA
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VÍDEOS
AULAS #ESTUDOEMCASA
EXERCÍCIOS
APRENDIZAGENS ESSENCIAIS
4. Comércio e moeda
4.1 Comércio – noção e tipos
A atividade de distribuição faz a ligação entre os produtores e os consumidores.
Dois tipos de comércio:
- Grossista (contacta diretamente o produtor, simplificando o funcionamento dos mercados)
- Retalhista (adquire os produtos ao grossista e disponibiliza-os aos consumidores)
Circuitos de distribuição (etapas que os bens atravessam desde a produção até serem colocados à disposição dos consumidores):
- Ultracurto: produtor – consumidor
- Curto: produtor – retalhista – consumidor
- Longo: produtor – grossista – retalhista – consumidor
Tipos ou formas de comércio:
- Independente (sobretudo empresas familiares):
- Retalho de proximidade, retalho especializado, retalho não sedentário ou ambulante
- Integrado (relacionado com grupos económicos):
- o Grandes armazéns (ex: El Corte Inglés), armazéns populares (ex: Minipreço), grandes superfícies generalistas (ex: Continente), grandes superfícies especializadas (ex: Toys”R”Us, Aki), franchising (ex: McDonald’s)
- Associado (agrupamentos de comerciantes):
- Compras em conjunto e usufruto de serviços em comum
- Vantagens:
- Centralização das compras;
- Liberdade de compra dos aderentes;
- Possibilidade de os aderentes se retirarem a qualquer momento;
- Remuneração dos aderentes em função dos montantes de compras.
Métodos de vendas:
- venda à distância
- venda automática
- venda direta ou ao domicílio
- cibervenda ou venda através da Internet
4.2 A evolução da moeda – formas e funções
Funções da moeda:
- Unidade de conta ou medida de valor – moeda expressa o valor dos bens e serviços
- Meio de pagamento – é aceite por todos para a aquisição de bens e serviços
- Reserva de valor – permite a realização de poupança para a aquisição futura de bens e serviços
Troca direta: bem por bem
Inconvenientes: dupla coincidência de desejos, atribuição de valor aos bens, fracionamento dos bens, transporte dos bens e elevado número de transações
Troca indireta: Bem – Moeda – Bem
Vantagens do uso da moeda: facilmente divisível em pequenas partes, durabilidade, fácil de transportar, difícil de falsificar, aceite por todos, baixa procura não monetária, rara e escassa
Fases da moeda
Moeda pesada (o valor da moeda correspondia ao seu peso em metal precioso) → Moeda contada (a moeda passava a ter a forma de discos redondos, cuja contagem determinava o seu valor) → Moeda cunhada (para garantir a sua autenticidade, começou a ser inscrito numa das faces da moeda o rei, o imperador, o senhor feudal…)
Moeda papel:
- representativa (a quantidade de notas em circulação equivalia ao valor do ouro ou prata retidos nos cofres dos bancos)
- convertível (em ouro ou prata)
Papel moeda:
- fiduciária (valor da moeda em circulação ultrapassava o valor do ouro em reserva)
- inconvertível (deixou de ser possível trocar moeda por ouro)
- curso forçado (o Estado decretou a obrigatoriedade de aceitação da moeda papel)
Moeda escritural: quantias depositadas no banco
Formas atuais de moeda: divisionária ou de trocos, papel moeda e moeda escritural
Neste processo de evolução, verifica-se a crescente separação da moeda face ao seu suporte físico inicial (o ouro e a prata), dando origem à desmaterialização da moeda, que deixaria assim de poder ser convertida em metal precioso, passando a circular por força de disposições legais.
4.3 A nova moeda portuguesa – o euro
O processo de introdução do euro
- Entrada em circulação do euro como moeda escritural a 1 de janeiro de 1999
- A 1 de janeiro de 2002, a sua circulação passou a ser feita sob a forma de notas e moedas
Critérios de convergência nominal
- Estabilidade dos preços
- A taxa de inflação média, verificada no período de um ano que antecede a data de avaliação, não pode exceder em mais de 1,5 pontos percentuais a taxa de inflação média dos três Estados-membros com melhores resultados em termos de estabilidade de preços
- Situação das finanças públicas
- O défice não pode exceder 3% do PIB, a menos que esteja a diminuir substancialmente e se situe perto desses 3%
- A dívida pública não pode exceder os 60% do PIB, a menos que esteja a diminuir substancialmente e se situe perto desse valor
- Durabilidade da convergência
- A média da taxa de juro a longo prazo, verificada no período de um ano que antecede a data de avaliação, não pode exceder em mais de 2 pontos percentuais a média da taxa de juro a longo prazo dos três Estados-membros com melhores resultados em termos de estabilidade de preços
- Estabilidade das taxas de câmbio
- As taxas de câmbio do Sistema Monetário Europeu (SME) têm de estar sem grandes tensões, durante pelo menos 2 anos
Vantagens da introdução do euro
- Para os cidadãos:
- facilidade de comparação de preços (expressos na mesma moeda)
- redução dos custos de deslocação, por via da eliminação das taxas de câmbio
- maior estabilidade do poder de compra; acesso mais barato ao crédito
- Para as empresas:
- diminuição do risco dos negócios com empresas fora da UE
- acesso alargado a novos mercados
- eliminação dos custos das transações
- Para a economia europeia:
- estabilidade da área do euro
- estímulo do investimento e do emprego
- reforço do peso político e económico da Europa
- maior coesão do espaço económico europeu
Desvantagens da introdução do euro
- Aumento da concorrência empresarial;
- Adaptação das empresas a um perfil diferente de consumidor;
- Adoção de políticas económicas mais restritivas para cumprir os critérios de convergência nominal.
4.4 O preço de um bem – noção e componentes
Valor de uso (características do bem que levaram à sua escolha) e valor de troca (comparação de um bem em termos de outros bens).
Componentes do preço de um bem: custos de produção, custo do fator de trabalho, número de compradores e vendedores
4.5 A inflação – noção e moeda
Inflação: subida generalizada e sustentada do nível de preços dos bens e serviços.
Deflação: descida generalizada e sustentada do nível de preços dos bens e serviços.
Estagflação: verificação simultânea de elevadas taxas de inflação e desemprego.
Desinflação – desaceleração do ritmo de crescimento dos preços. Continua-se a verificar inflação, mas a taxas de variação menores do que as verificadas antes. Ex: 2018: 2,8%; 2019: 2,3%; 2020: 1,8%
Depreciação do valor da moeda
- Dá-se quando o preço dos bens aumenta e por consequência é preciso despender uma quantidade maior de moeda para os adquirir
Deterioração do poder de compra:
- Inflação perante rendimentos constantes reduz o poder de compra
Medidas de inflação:
- Índice de Preços no Consumidor (IPC)
- Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC)
Taxas de variação:
- Taxa de variação média anual – compara o índice médio dos últimos 12 meses com os 12 meses anteriores
- Taxa de variação homóloga – compara o índice médio do mês corrente com o do mesmo mês do ano anterior (Ex.: fev 2018 e fev 2019)
- Taxa de variação mensal – compara o índice entre 2 meses consecutivos
4.6 Inflação em Portugal e na União Europeia
(Só análise)
MAIS DE ECONOMIA A – 10º ANO:
1 | A atividade económica e a Ciência Económica
3 | A produção de bens e serviços
4 | Comércio e moeda (moeda e inflação)
6 | Rendimentos e repartição de rendimentos
7 | Poupança e investimento (utilização dos rendimentos)
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