FÍSICO-QUÍMICA 8º ANO
Reflexão, refração e dispersão da luz, espelhos, lentes e cor
FENÓMENOS ÓTICOS
REFLEXÃO DA LUZ
Tipos de reflexão
- Reflexão regular (ou especular):
- um feixe paralelo de luz incidente origina um feixe paralelo de luz refletida
- ocorre em superfícies lisas e polidas
- Reflexão irregular (ou difusa):
- um feixe paralelo de luz incidente origina um feixe de luz refletida em várias direções
- ocorre em superfícies rugosas
Estes dois fenómenos ocorrem em simultâneo, embora predomine um. Quanto mais lisa e polida for uma superfície, maior a nitidez da imagem que se forma.
Leis da reflexão
- o raio incidente, o raio refletido e a normal intersetam-se no ponto de incidência e estão no mesmo plano
- o ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão
Quando existe reflexão, uma parte da luz também é absorvida. Por isso, o raio refletido é menos intenso que o raio incidente.
Aplicações da reflexão
Objetos e instrumentos cujo funcionamento se baseia na reflexão da luz:
- obtenção de imagem em espelhos
- periscópio
- caleidoscópio
- radar
ESPELHOS
Imagem real e imagem virtual
- Imagem real
- pode ser projetada num alvo (ecrã)
- Imagem virtual
- não pode ser projetada, apenas é visualizada pelos nossos olhos
Imagem em espelhos
Imagem de um espelho plano:
- virtual
- do mesmo tamanho que o objeto
- direita e simétrica
Imagem de um espelho curvo:
- Espelho convexo (divergente – foco virtual)
- virtual
- direita e simétrica
- menor que o objeto
- exemplos: espelho retrovisor do automóvel, espelhos de trânsito
- Espelho côncavo (convergente – foco real)
- objeto entre o espelho e o foco:
- virtual
- direita e simétrica
- maior que o objeto
- objeto mais afastado do espelho:
- real
- invertida
- maior ou menor que o objeto
- exemplos: espelho de maquilhagem, espelho dos dentistas
- objeto entre o espelho e o foco:
REFRAÇÃO DA LUZ
Definição de refração
- Refração da luz:
- alteração da velocidade da luz quando muda de meio de propagação
A luz refratada é menos intensa do que a luz incidente pois a refração ocorre em simultâneo com reflexão e com absorção.
Refrangência
Maior velocidade de propagação → menor refrangência → mais afastado se encontra o raio da normal
A velocidade de propagação da luz é:
- maior no ar que na água → o ar é menos refrangente que a água
- maior na água que no vidro → a água é menos refrangente que o vidro
LENTES
Imagens fornecidas pelas lentes
Imagem de lentes convexas – bordos delgados (convergentes – foco real):
- real
- invertida
- maior ou menor que o objeto (dependendo da distância do objeto à lente)
Imagem de lentes côncavas – bordos espessos (divergentes – foco virtual):
- virtual
- direita
- menor que o objeto
Potência de uma lente
Potência focal (ou vergência):
- poder que a lente tem para curvar os raios
- tem como unidade S.I. a dioptria (D)
- pode ser positiva (+) ou negativa (-):
- positiva → nas lentes convergentes
- negativa → nas lentes divergentes
A potência focal depende da distância focal (f) (distância do foco à lente):
- maior distância focal → menor potência focal
Cálculo da potência focal:
[math]P=\frac{1}{f}[/math]
- Sendo:
- f – distância focal
A VISÃO
O olho humano
O olho humano é um recetor de luz.
Formação de imagens no olho humano:
- a luz atravessa a córnea, e entra pela pupila até ao cristalino, que atua como uma lente convergente;
- forma-se uma imagem invertida e mais pequena que o objeto na retina
- o nervo ótico leva a informação até ao cérebro, que a interpreta
Acomodação visual:
- Os músculos ciliares mudam a forma do cristalino para observar objetos próximos ou longínquos.
Defeitos de visão
Defeitos de visão que podem ser corrigidos com lentes:
- hipermetropia:
- dificuldade em ver ao perto
- a imagem forma-se atrás da retina
- corrige-se com lente convergentes → potêncial focal positiva
- miopia:
- dificuldade em ver ao longe
- a imagem forma-se à frente da retina
- corrige-se com lentes divergentes → potência focal negativa
A COR
Luz monocromática e luz policromática
- Luz monocromática:
- constituída por uma só cor → uma só frequência
- Luz policromática:
- constituída por várias cores → várias frequências
A dispersão da luz
A velocidade da luz no vidro depende da frequência:
- maior frequência → menor velocidade
Quando a luz atravessa um meio como o vidro, os componentes da luz passam a viajar a velocidades diferentes, sofrendo assim diferentes desvios.
Exemplo: na formação do arco-íris, as diferentes cores componentes da luz proveniente do sol sofrem refração e reflexão em milhares de gotas de água, sofrendo diferentes desvios por terem diferentes frequências, sendo possível observá-las.
Porque vemos as cores?
Composição da cor branca:
- a cor branca pode ser obtida a partir de três cores primárias:
- vermelho
- verde
- azul
Estas, combinadas, podem originar todas as outras.
Cor de um objeto:
- resulta das componentes da luz que é capaz de refletir, de entre as que sobre ele incidem
Exemplo:
- Corpo vermelho com luz branca (reflete o vermelho e absorve o verde e o azul):
- com luz vermelha → fica vermelho (reflete o vermelho)
- com luz verde → fica preto (não reflete o verde)
- com luz azul → fica preto (não reflete o azul)
- com luz magenta (junção de vermelho e azul) → fica vermelho (reflete apenas o vermelho)
- com luz amarela (junção de vermelho e verde) → fica vermelho (reflete apenas o vermelho)
- com luz ciano (junção de verde e azul) → fica preto (não reflete nem o verde nem o azul)
Revê aqui a matéria/resumo/síntese de CFQ:
VÍDEOS
Lista com 4 vídeos. Para navegar entre os vários vídeos clicar na parte superior direita do player.
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EXERCÍCIOS
Ficha 1 | Espelhos, refração e defeitos de visão | enunciado » resolução
Ficha 2 | Reflexão da luz | enunciado » resolução
Ficha 3 | Espelhos | enunciado » resolução
Ficha 4 | Refração da luz | enunciado » resolução
Ficha 5 | Lentes | enunciado » resolução
Ficha 6 | O olho humano e alguns defeitos de visão | enunciado » resolução
Ficha 7 | Dispersão da luz e cor | enunciado » resolução
O que tens de saber neste capítulo, segundo o programa e metas curriculares de Ciências Físico-Químicas – 8º ano:
DOMÍNIO: LUZ
SUBDOMÍNIO: FENÓMENOS ÓTICOS
- Compreender alguns fenómenos óticos e algumas das suas aplicações e recorrer a modelos da ótica geométrica para os representar
- Representar a direção de propagação de uma onda de luz por um raio de luz.
- Definir reflexão da luz, enunciar e verificar as suas leis numa atividade laboratorial, aplicando-as no traçado de raios incidentes e refletidos.
- Associar a reflexão especular à reflexão da luz em superfícies polidas e a reflexão difusa à reflexão da luz em superfícies rugosas, indicando que esses fenómenos ocorrem em simultâneo, embora predomine um.
- Explicar a nossa visão dos corpos iluminados a partir da reflexão da luz.
- Interpretar a formação de imagens e a menor ou maior nitidez em superfícies com base na predominância da reflexão especular ou da reflexão difusa.
- Concluir que a reflexão da luz numa superfície é acompanhada por absorção e relacionar, justificando, as intensidades da luz refletida e da luz incidente.
- Dar exemplos de objetos e instrumentos cujo funcionamento se baseia na reflexão da luz (espelhos, caleidoscópios, periscópios, radar, etc.).
- Distinguir imagem real de imagem virtual.
- Aplicar as leis da reflexão na construção geométrica de imagens em espelhos planos e caracterizar essas imagens.
- Identificar superfícies polidas curvas que funcionam como espelhos no dia a dia, distinguir espelhos côncavos de convexos e dar exemplos de aplicações.
- Concluir, a partir da observação, que a luz incidente num espelho côncavo origina luz convergente num ponto (foco real) e que a luz incidente num espelho convexo origina luz divergente de um ponto (foco virtual).
- Caracterizar as imagens virtuais formadas em espelhos esféricos convexos e côncavos a partir da observação de imagens em espelhos esféricos usados no dia a dia ou numa montagem laboratorial.
- Definir refração da luz, representar geometricamente esse fenómeno em várias situações (ar-vidro, ar-água, vidro-ar e água-ar) e associar o desvio da luz à alteração da sua velocidade.
- Concluir que a luz, quando se propaga num meio transparente e incide na superfície de separação de outro meio transparente, sofre reflexão, absorção e refração, representando a reflexão e a refração num só esquema.
- Concluir que a luz refratada é menos intensa do que a luz incidente.
- Dar exemplos de refração da luz no dia a dia.
- Distinguir, pela observação e em esquemas, lentes convergentes (convexas, bordos delgados) de lentes divergentes (côncavas, bordos espessos).
- Concluir quais são as características das imagens formadas com lentes convergentes ou divergentes a partir da sua observação numa atividade no laboratório.
- Definir vergência (potência focal) de uma lente, distância focal de uma lente e relacionar estas duas grandezas, tendo em conta a convenção de sinais e as respetivas unidades SI.
- Concluir que o olho humano é um recetor de luz e indicar que ele possui meios transparentes que atuam como lentes convergentes, caracterizando as imagens formadas na retina.
- Caracterizar defeitos de visão comuns (miopia, hipermetropia) e justificar o tipo de lentes para os corrigir.
- Distinguir luz monocromática de luz policromática dando exemplos.
- Associar o arco-íris à dispersão da luz e justificar o fenómeno da dispersão num prisma de vidro com base em refrações sucessivas da luz e no facto de a velocidade da luz no vidro depender da frequência.
- Justificar a cor de um objeto opaco com o tipo de luz incidente e com a luz visível que ele reflete.
Todos os capítulos do programa de Ciências Físico-Químicas – 8º ano:
DOMÍNIO: REAÇÕES QUÍMICAS
- Explicação e representação das reações químicas
- Tipos de reações químicas
- Velocidade das reações químicas
DOMÍNIO: SOM
- Produção e transmissão do som
- Som e ondas
- Atributos do som e a sua deteção pelo ser humano
- Fenómenos acústicos
DOMÍNIO: LUZ
- Ondas de luz e sua propagação
- Fenómenos óticos